Caminho para lá de velho

A indicação dos administradores regionais por deputados distritais é um dos mais claros exemplos do jeito antigo e ultrapassado de governar.

Em troca de votos na Câmara, os governadores dão aos deputados o direito de indicar amigos, apaniguados, cúmplices e cabos eleitorais para administrar as regiões administrativas. …

E para agradar a todos e criar mais empregos para cabos eleitorais, o número de administrações está sempre aumentando.

Esperava-se que esse método indecente acabasse com um governo que prometia um novo caminho, mas continuou tudo igual. E assim as administrações regionais são feudos de parlamentares, que nelas mandam muito mais do que os administradores, tratados como seus empregados. Quando algum administrador tentar ter alguma autonomia, o deputado pede sua substituição. Tem sido assim há anos.

Por isso, não tem sentido agora os deputados tentarem se eximir de responsabilidade pelo que fazem seus amigos, apaniguados, cúmplices ou cabos eleitorais. Aliás, a Câmara Legislativa acaba de cassar um deputado, Raad Massouh, por causa de um ato cometido pelo administrador que havia indicado. De nada adiantou o deputado dizer que nada tinha a ver com o que fez o administrador.

Os deputados que indicaram os administradores suspeitos são responsáveis, sim. No mínimo, por alguns devem ser cúmplices.

Aliás, o que o deputado Washington Mesquita, do PTB, foi fazer na Bélgica com o governador Agnelo Queiroz? Resposta fácil: nada, mas à custa do dinheiro público.

Fonte: Blog do Hélio Doyle

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